Procurou-se sobretudo que a distribuição e organização funcional dos espaços sublinhasse a diversidade espacial dos edifícios e logradouros existentes, adaptando e autonomizando as diversas vivências que os usos ditarão. Procurou-se manter na totalidade os circuitos já existentes no local, limitando a atribuir as valências que, em nosso entender, melhor se adptavam a cada estrutura construída ou espaço exterior vedado, e dois dois entre si.

A casa principal sofrerá poucas alterações (...) No Pavilhão Polivalente estabeleceu-se um forte eixo central no sentido da sua longitudinalidade, que se prolonga pelo terreiro que será usado para eventos em espaço exterior. Um muro configura um espaço circular de recepção que procura criar um efeito de surpresa logo que se atravessa a pequena porta do muro da Rua General Garcia M. Godinho. O objectivo é tornar gradual a progressão através do espaço, não dando logo a ver o edifício do Pavilhão. No geral tentou manter-se o espaço interior de Pavilhão o mais amplo e aberto possível, localizando as escadas para o piso 1 e as instalações sanitárias para os utentes na ala norte. No longo edifício que fecha a norte o pátio localizar-se-ão os 9 quartos do empreendimento turístico. Apresentando algumas semelhanças na sua organização, todos os quartos do alojamento acabam por ser diferentes entre si, ou na sua configuração interna, ou na relação dos seus vãos com o exterior. Os sete quartos localizados no piso 0 serão dotados de um pequeno pátio privativo no prolongamento directo da zona de dormir. Todos os quartos possuem relação directa com pátio comum, onde se localizará uma pequena piscina com área relvada para solário. Ao atravessamento preexistente que divide o edifício em dois atribui-se o acesso não só à área de estacionamento, mas também aos dois quartos do piso 1. Estes possuem também um espaço exterior privativo, um pequeno terraço virado para o lado norte.